domingo, octubre 22, 2006

somos aquilo.

Por que ela é tanto se poderia ser tão pouco? Isso me desconforta.
Ela merece mais, muito mais, e de certo modo ela deve saber disso. Mas não consigo desistir, sou difícil, talvez um dia eu consiga esquecer. Esquecer toda essa história, todos os momentos, todas as músicas, enfim, tudo que me faça ser quem eu sou perto dela.

Imagine a sensação de estar a 260 km/h em uma via curta, cheia de buracos, amontoada de sujeiras, e que logo ali na frente, um velho te espera com uma barba cheia de restos do almoço de domingo. Muito embora nada disso faça diferença, ela está do seu lado, te guardando, cuidando do teu mundo. Talvez seja a sensação mais estranha do mundo. Talvez seja mais uma fantasia barata da minha mente perdida. Por mais circunstancial que pareça, essa é a escolha. É escolher e se jogar, se a piscina estará cheia é apenas um detalhe. Se todo detalhe faz a diferença, o melhor é acreditar que o telefone pode curar isso.
Talvez eu deva. Talvez não.
Me abraça, me abraça muito forte, diz que tudo isso é mentira. Que nossas vidas se cruzaram não por acaso, e sim por ordem do destino.
Era isso e bastava. Quem sabe um dia. Quem sabe?

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