sábado, diciembre 16, 2006

Ali pertinho!

A Paulista é somente uma miragem à minha frente. Aquelas luzes distorcidas que ditam o clima da situação, eram as mesmas que há dois anos me pertenciam.
Sozinho naquilo, e sem nenhum plano de escapatória convincente, eu prossegui.


Sozinho. Foi assim que me senti quando o relógio bateu 01:02. É assim que me sinto quando você está por lá, e não por cá. É assim que me sinto quando os carros passam, e minha cabeça tenta acompanhá-los. É assim que me sinto quando o tempo se torna infinito, e as ruas mais ainda.
Mas talvez essa solidão, seja diferente da solidão que uma chamada perdida me propõe. Talvez seja a mesma solidão que você sente quando seus amigos desligam seus celulares em uma madrugada de sexta. Qualquer sexta, uma sexta qualquer, de uma merda de um ano qualquer. Já não faz diferença. Essa solidão te possui. E nada pode contê-la, agora.

Então dance, dance como nunca. Coloque essa porra pra fora e dance.
Diga a si mesmo que não está nem ai. CAGUE E ANDE! Assim, essa vidinha medíocre que seus valores de merda sustentam, não será mais uma breve historinha de alguém “altamente curriculado” em sua droga de palestra.

Pensando melhor...

Solidão talvez seja quando seu tênis não mais o protege das pedrinhas que alguém ali na rua derrubou. E esse mesmo alguém, do outro lado da rua, sorri. Sorri como uma hiena prestes a te devorar, chupar-te por inteiro, e depois jogar seus ossos aos fracos. E você o que faz? Caminhando na calçada, bebendo sua dose de problemas com limão, cansado. Observa observa observa, nada faz.

E assim o dia vai acabando, e suas preocupações novamente começando.
Vidinha mais ou menos? VAI SE FODER!

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