Feche à janela, encoste à porta, somos nós, e nada mais, agora.
E devagar, bem devagar, você vai sentindo o calor do momento. Mãos frias vão transportando o peso dessa escolha. Talvez não devêssemos, pelo menos não enquanto o telefone estiver ligado. Mas nada nos segura.
E esse mesmo telefone, desaparece por entre nossos caminhos.
Continuo na estrada,
Passado o radar. Siga. Rasgando todas as vias, o suor vai se tornando nosso aliado. Cada vez mais rápido. Cada vez mais intenso.
Cada vez mais dualista. Cada vez mais impossível.
-Para, o telefone ta tocando.
-Deixa pra lá, esquece. Ele desiste. Eu sei
-É, mais não parece.
-Eu sei.
-Você pensa que sabe, mas não sabe de nada.
-Talvez seja isso, então. Você sabe?
-Sobre o quê?
-Sobre o que EU não sei. Sobre o que me rodeia nesse momento. Sobre tudo, tudo mesmo.
-Acho que não. Mas por que eu deveria saber?
-(...)
E a estrada vai se tornando estreita, miúda, até revelar seu verdadeiro sentido.
Ela nunca esteve lá, e só eu não sabia. E aquele dramalhão, novamente vem-me à cabeça.
Tudo igual, tudo sempre, tudo agora.
Nada mais, por enquanto.
Nada mais, agora.
jueves, noviembre 02, 2006
E agora?
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